terça-feira, 11 de outubro de 2011

Produtos da nossa DEMOCOM 2011

As oficinas foram um sucesso em nossa I Semana DEMOCOM.
Oficina de Teatro do Oprimido, Rádio, Roteiro para vídeo de Um Minuto e a de Pixilation.
Esta que trouxe várias experiências para quem participou.
Agradecemos a todos facilitadores e oficineiros pela construção da DEMOCOM.

Confira os vídeos da Oficina de Pixilation e para ver as fotos das outras oficinas vejam no facebook http://www.facebook.com/#!/profile.php?id=100002914036590

sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Mesa discute banda larga e direito autoral na internet


Na última conferência da I Semana DEMOCOM, “Democratização da Internet e Banda Larga” foram discutidas questões referentes ao universo da Internet que influem diretamente para uma comunicação democrática. Os palestrantes foram a professora Maíra Nunes, do curso de Educomunicação da UFCG e Antônio Everaldo, coordenador de informática da UEPB. A mesa foi mediada pela Professora Adriana Alves, do DECOM/UEPB.
                A professora Maíra fez um panorama sobre a discussão dos direitos autorais de cópias na atualidade. Ela explicou que durante o mandato de Gilberto Gil, no Ministério da Cultura houve um intenso diálogo nessa área pela adoção e incentivo a questão do uso dos arquivos digitais trocados na Internet. O copyleft seriam as regulamentações de autorizações de cópia pelo o autor de uma música, livro, etc; onde ficam expressas que tipo de uso poderia ser feito com o conteúdo. É uma espécie mais flexível entre o produtor do conteúdo e o utilizador. Ela ponderou que a lei de copyright, proibindo integralmente o uso do conteúdo, deve ser mais discutida, pois estaria assim criminalizando o consumo da informação digital.
                Para finalizar a Professora deixou um questionamento sobre a democratização da comunicação. Ela refletiu se isto é plenamente possível ou seria utópico. E, citando uma fala de Eduardo Galeano no programa Sangue Latino, concluiu que se for o segundo caso, então isto é o que faz a sociedade caminhar para uma comunicação melhor.
                Em seguida foi a vez de Antônio Everaldo palestrar acerca de informações relativas às condições da banda larga no Brasil. Este termo designa uma faixa de conexão à Internet, que poderia viabilizar o acesso a vídeos, televisões comunitárias on-line e diversas outras formas de comunicação e transmissão de informações de grande tamanho. Ele explanou dados do próprio governo federal, onde mostra-se as características precárias da rede no país. Segundo Antônio, a banda larga é cara, as condições do acesso são regionalmente desiguais e a infraestrutura fica ao comando da iniciativa privada. Citando apenas um dado apresentado, ele comparou o preço médio da banda larga no Brasil e em outros países. No Japão, custa 27 centavos de dólar por mês para acessar uma banda larga de grande velocidade, no Canadá é cerca de 5 dólares e em São Paulo, a média é 78 reais.
Ele falou ainda sobre o Plano Nacional de Banda Larga (PNBL), que está para ser lançado pelo governo federal. É oferecido um serviço com velocidade máxima de 1 Mbps (Megabyte por segundo) ao custo de 35 reais, com garantia mínima de 20% da velocidade e um limite de download de 300 MB por mês. Segundo Antônio, isto é insuficiente e relega a sociedade brasileira ao atraso por não dar reais condições de acesso em banda larga. Para ele, o governo brasileiro deveria tornar o acesso a Internet um serviço essencial à sociedade e fornecer inicialmente velocidade mínima de 2 Mbps. Ele se mostrou inconformado com o fato do governo federal não ter tomado a iniciativa de criar sua própria rede para fornecimento do serviço e questionou o fato do plano não estar incluído no Programa de Aceleração do Crescimento. Segundo o coordenador, já existe uma rede nacional subutilizada pelas grandes estatais, como as companhias energéticas. Ele acredita que esta poderia servir para começar um projeto de compromisso com a universalização da internet de alta velocidade.
Seguindo sua apresentação, Antônio Everaldo citou o caso do estado do Ceará que criou a sua própria rede de banda larga. Isto permitiu ao governo local controlar os grandes gastos que haviam anteriormente com empresas privadas e fornecer à diversas instituições do estado um acesso rápido nos seus terminais.
Falou ainda da estrutura da Rede de banda larga da UEPB, em Campina Grande. Segundo ele, tem-se acesso na universidade a uma rede adequada apenas a alguns centros da universidade. Por isso, necessita ter seu tráfego controlado para que seja dividido com campus de outras localidades.
Encerrando a apresentação ele acredita que com as atuais definições e medidas adotadas pelo governo federal não haverá uma inclusão, mas uma divisão digital, onde só as pessoas que puderem pagar pelo serviço terão acesso eficaz à internet.

                Respostas à platéia e Indicação de evento
                A professora Maíra respondeu dúvidas da platéia afirmando que não existe nenhum grupo no curso em que leciona na UFCG, que esteja relacionado à comunicação na internet, mas aprovou e elogiou a sugestão. Ela também respondeu que a regulamentação dos programas televisivos pode trazer benefícios para a sociedade. E ainda elogiou as medidas governamentais recentes de regulamentação, como a classificação de horários de exibição na TV. Segundo ela, há um hábito dos grupos opositores a estes benefícios, de sempre taxar estas medidas como censura. Ela também elogiou os incentivos dados a difusão do conceito de copyleft tomadas no Ministério da Cultura, durante a gestão de Gilberto Gil.
                Já o coordenador de informática Antônio Everaldo enfatizou ainda que já está ocorrendo na banda larga brasileira o problema do congestionamento no acesso, antes mesmo da massificação do serviço. Ele alertou a platéia, composta de muitos estudantes de comunicação, que se comprometessem em noticiar estes dados alarmantes à sociedade. Fez também um apelo para que acompanhassem o I Fórum da Internet no Brasil, a ser realizado em São Paulo e ficassem atentos a discussão que está acontecendo sobre o marco civil da Internet.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mesa o papel social da propaganda

 Vocês devem ter reparado na nova campanha feita pelo facebook de trocar a sua foto do perfil por um desenho animado que marcou sua infância sendo forma de protesto, contra a violência infantil, não deixando de ser uma ferramenta de publicidade. Será que essa é uma forma de publicidade com responsabilidade social?

As campanhas de cerveja, roupas, carros, brinquedos, enfim, que pregam ter a transparência e responsabilidade social em suas propagandas, realmente possuem? Endeusar ou Demonizar os produtos publicitários?


Propaganda da BENNETON

Essas foram indagações do segundo dia da I Semana Democratização da Comunicação UEPB e UFCG que aconteceu no dia 06 de outubro no Museu de Artes Assis Chateaubriand da UEPB. A mesa composta pelas professoras Adriana Rodrigues (CESREI), Raija Almeida (UFCG), o publicitário Danylo Almeida e mediado pelo professor da UEPB Emerson Saraiva, provocaram um debate estimulante sobre essa forma de comunicação.
A publicidade e sua matéria prima à linguagem foram identificada e exemplificada em vários sentidos, mostrando os silêncios que há entre a imagem e o discurso pela professora Adriana Rodrigues. Esse discurso é articulado de forma que a identidade de uma empresa seja construída- fazer com que se acredite nisso- a partir desse seu “papel social” seja interpretado e aceitado pelas pessoas.
Tocando na ferida desse repensar a publicidade, veio o Danylo Almeida trazendo o exemplo da marca AREZZO que lançou a linha de produtos de pele de animais e que sofreu formas de protesto contra essa atitude por parte das pessoas via internet, principalmente. Isso nos faz refletir, até onde uma marca vai para vender o seu produto respeitando a verdadeira responsabilidade social?
E apimentando o debate a professora Raija Almeida fez a provocação que chamou “A ponta do Iceberg”, “De que ao se perder tempo discutindo o fim das propagandas de cigarro, ninguém falava dos milhões e milhões de incentivos que o próprio governo cedeu e ainda cede para a indústria tabagista. Quem incentivou mais? E ainda quando se discute o incentivo ao consumo, não se discute as carências básicas da população que o Estado tem a obrigação de oferecer.
Mais do que sair culpando os produtos publicitários, o debate da mesa trouxe a tona novos olhares para reconhecermos o papel da comunicação, sendo contribuidora do processo da educação para contribuir acima de tudo de sua responsabilidade social.

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

Mesa discute caminhos democráticos para a Comunicação

Logo após a abertura do evento foi realizada a mesa redonda “Democratização e Educomunicação”, dentro da programação da I Semana DEMOCOM. A mesa discutiu e mostrou alternativas para a democratização da mídia e foi composta pela professora Dra. Sandra Raquew, da UFCG, pelo jornalista Rafael Freire, representante do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba e mediada pela professora Dra. Robéria Nádia, do DECOM/UEPB.


Mesa: Educomunicação o Caminho para a Democratização dos meios

Em sua fala, a professora Sandra Raquew, solidarizando com o discurso de abertura do Pró-Reitor Rangel Júnior, destacou a contradição de uma instituição pública de ensino ter tanta dificuldade de obter um serviço de radiodifusão.

Ela refletiu sobre o problema da formação do estudante de Comunicação no sentido de distanciar-se da realidade circundante, que seria reflexo do afastamento entre academia e sociedade. Sandra enfatiza que é necessário uma maior atenção para a práxis no ensino universitário.

Sobre a comunicação, ela acredita que não se deve demonizar os grandes conglomerados de comunicação existentes no Brasil, mas citou que atualmente vive-se um contexto totalizante onde há uma dificuldade de expressão das opiniões em sua diversidade. Para Sandra, é necessário observar e buscar o direito humano à comunicação e que vários grupos atuantes no Brasil e também na Paraíba perseguem este objetivo.


Sandra Raquew (UFCG)
Ao final, a professora destacou ainda que: “há uma apatia dos estudantes de Comunicação de pensar o espaço político em que estão inseridos”, e isto influenciaria diretamente na atividade profissional do jornalista. Ela destacou a importância de observar essa característica, que perpassa a desobrigação do diploma de Jornalismo para exercer a profissão.

Em seguida, Rafael Freire, jornalista e futuro presidente (a ser empossado) do Sindicato de Jornalistas da Paraíba, falou sobre a importância de democratizar a sociedade para que haja a democratização da comunicação e elogiou o fato de se realizar um evento neste sentido, assim como ele havia promovido tantos enquanto era estudante da Universidade Federal da Paraíba. Ele destaca que a Universidade é o espaço apropriado para ocorrer esse debate, a fim de influenciar na democratização da sociedade.

Segundo Rafael, são cerca de 10 grupos que concentram a mídia no Brasil, e que para estes ela tem servido como instrumento de poder. Para ele, mesmo com a grande produção de comunicação individual na internet, não é possível suplantar todo esse poderio midiático, necessitando de um envolvimento político dos estudantes e sindicatos de Jornalismo.

Ele lembrou ainda da participação direta que teve como delegado na I Conferência Nacional de Comunicação. Lá, o jornalista cita que viu de forma “palpável” o enfrentamento direto na votação das propostas entre os grupos ligados à sociedade organizada contra o interesse dos grandes grupos midiáticos. Lembrou ainda da pouca divulgação que está ocorrendo acerca da consulta pública para um marco regulatório, realizada através do site do Fórum Nacional de Democratização da Comunicação.

O que se Vê na Mídia por ai...

Os dois palestrantes falaram de dois exemplos emblemáticos para contextualizar a atual situação na Comunicação no Brasil. Rafael Freire trouxe o exemplo de programas policialescos televisivos no Nordeste que distorcem o propósito do Jornalismo e que se alimentam da degradação do ser humano.

Ele cita o caso de um apresentador televisivo de Campina Grande que se auto-intitulou jornalista, mas que em um debate em que esteve participando da mesa o próprio ameaçou rasgar o código de Ética do Jornalista Brasileiro. O código traz compromissos do profissional com o Jornalismo Público.

Já a professora Sandra Raquew lembrou o caso de um programa nacional de caráter diversional da TV Bandeirantes, em que o humorista causou polêmica nacional pelo teor humanamente questionável de suas piadas. O humorista ofendeu uma cantora de grande fama, como mulher, o que teria causado a determinação de uma punição da emissora ao profissional. A medida foi apropriada, na opinião da professora. Porém, Sandra lembra que  meses atrás, outra piada no mesmo programa havia ofendido as mulheres de um modo geral e nada foi feito pela emissora.

     Interação com a platéia e alternativas para uma mídia democrática.

O jornalista Rafael Freire respondeu perguntas e concordou com a colocação da mediadora Robéria Nádia, que não se deve tiranizar a mídia. Porém, ressaltou que os meios de comunicação devem ter compromisso com o interesse público e lembrou que a formação universitária do jornalista representa um fato de resistência contra más práticas na mídia.
Rafael Freire


Lembrou que atualmente os profissionais formados em Educomunicação não possuem representação sindical pelo sindicato dos jornalistas. Ele lembrou também de sua experiência no jornal independente “A verdade”, em que participa como editor. Rafael afirma que para realizar este jornal vendido a preço popular, exige-se bastante compromisso pessoal, mas que é necessário insistir para fornecer uma visão mais plural para o jornalismo.

A professora Sandra Raquew, citando Paulo Freire, enfatizou que a Educomunicação não é uma forma de “salvação da humanidade”, mas pode ser um lugar onde haja o estudo de práticas comunicacionais transversalmente com a pedagogia, que contribui para a democratização da comunicação.

Ela comentou ainda que o conceito de jornalismo alternativo hoje é diferente de outras épocas, como por exemplo na década de 60, em plena ditadura militar. Para a professora, é necessário que as pessoas enfrentem os desafios e criem coragem para fazer uma comunicação independente.

Ela informou que se realizará na UFCG, um curso sobre regulamentação da mídia, com Venício Lima. Sandra Raquew citou outra contribuição, agora sobre um exemplo de rádio comunitária, que conheceu no sul do Chile. A professora destacou que diferentemente da visão precária que se tem das rádios comunitárias aqui no Nordeste, o empreendimento era bem diferente. Bem estruturado, com bons equipamentos e profissionais vivendo daquele modelo, ela enfatizou com este exemplo que é possível criar uma comunicação sustentável, democrática e de grande qualidade e importância para a sociedade.


I Semana DEMOCOM é iniciada no Museu de Artes Assis Chateaubriand

Iniciou-se esta manhã a I Semana DEMOCOM, com o tema: “Educomunicação: O caminho para a democratização da Comunicação”. A cerimônia de abertura realizada por volta das 9 horas, no Museu Assis Chateaubriand, teve a presença do pró-reitor de Planejamento da UEPB, Rangel Júnior, representante da Reitora Marlene Alves.

Rangel parabenizou a iniciativa dos estudantes envolvidos no evento, representados pelos Centros Acadêmicos de Jornalismo, da UEPB e de Educomunicação, da UFCG. Ele atentou para o fato de que a democratização da mídia não interessa apenas aos profissionais da comunicação, mas a toda a sociedade.

Segundo o pró-reitor, a UEPB incentiva a democratização da comunicação e informou que enviou um ofício ao Ministério das Comunicações solicitando uma concessão de rádio para a universidade. Este é um desejo antigo da UEPB desde o mandato do reitor Itan Pereira, que já havia solicitado em sua época. Ele enfatiza que apenas por interesses políticos contrários, a Universidade não pôde previamente fornecer à sociedade um serviço de radiodifusão.



Oficina de animação ensina pixilation gratuitamente a estudantes

Thiago Marques
A técnica é antiga, mas o acesso a forma de produção em vídeo do stop motion ainda é um dos mais caros do país e foi de olho nesse cenário que 19 estudantes não pensaram duas vezes antes de agarrar a oportunidade de conhecer e produzir cinema de animação, em pixilation, oferecida pela Semana de Democratização da Comunicação 2011 na Paraíba, o Democom, nessa tarde, no Departamento de Comunicação Social da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), em Campina Grande.
No primeiro encontro, estudantes de jornalismo e publicidade e propaganda conheceram os princípios de criação do stop motion e aprenderam conceitos básicos de movimento no Movie Maker, programa de edição de vídeo do Windows. “O objetivo é mostrar o processo de produção de animação aplicada ao pixilation”, afirma João de Lima Neto, ministrante da oficina e professor de desenho e cinema de animação na Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
Quem participa da oficina se diz satisfeito. “Foi uma aula interativa. Antes não sabia como o stop motion era produzido, aqui tive a oportunidade de conhecer”, revela Érik Kleiver, estudante de jornalismo. Já Adelino Silva, estudante de publicidade e propaganda conta que a oficina superou suas expectativas e que sempre participa dos eventos promovidos pelo Departamento de Comunicação da UEPB por considerá-los importantes para a capacitação dos alunos.
O pixilation é uma técnica de animação em stop motion que utiliza fotografias de atores vivos ou objetos reais na composição de uma sequência animada. Será esta a tarefa dos quatro grupos formados nessa tarde. João Neto diz que os grupos irão contar uma história e montá-la utilizando a técnica na próxima sexta-feira.