quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Mesa o papel social da propaganda

 Vocês devem ter reparado na nova campanha feita pelo facebook de trocar a sua foto do perfil por um desenho animado que marcou sua infância sendo forma de protesto, contra a violência infantil, não deixando de ser uma ferramenta de publicidade. Será que essa é uma forma de publicidade com responsabilidade social?

As campanhas de cerveja, roupas, carros, brinquedos, enfim, que pregam ter a transparência e responsabilidade social em suas propagandas, realmente possuem? Endeusar ou Demonizar os produtos publicitários?


Propaganda da BENNETON

Essas foram indagações do segundo dia da I Semana Democratização da Comunicação UEPB e UFCG que aconteceu no dia 06 de outubro no Museu de Artes Assis Chateaubriand da UEPB. A mesa composta pelas professoras Adriana Rodrigues (CESREI), Raija Almeida (UFCG), o publicitário Danylo Almeida e mediado pelo professor da UEPB Emerson Saraiva, provocaram um debate estimulante sobre essa forma de comunicação.
A publicidade e sua matéria prima à linguagem foram identificada e exemplificada em vários sentidos, mostrando os silêncios que há entre a imagem e o discurso pela professora Adriana Rodrigues. Esse discurso é articulado de forma que a identidade de uma empresa seja construída- fazer com que se acredite nisso- a partir desse seu “papel social” seja interpretado e aceitado pelas pessoas.
Tocando na ferida desse repensar a publicidade, veio o Danylo Almeida trazendo o exemplo da marca AREZZO que lançou a linha de produtos de pele de animais e que sofreu formas de protesto contra essa atitude por parte das pessoas via internet, principalmente. Isso nos faz refletir, até onde uma marca vai para vender o seu produto respeitando a verdadeira responsabilidade social?
E apimentando o debate a professora Raija Almeida fez a provocação que chamou “A ponta do Iceberg”, “De que ao se perder tempo discutindo o fim das propagandas de cigarro, ninguém falava dos milhões e milhões de incentivos que o próprio governo cedeu e ainda cede para a indústria tabagista. Quem incentivou mais? E ainda quando se discute o incentivo ao consumo, não se discute as carências básicas da população que o Estado tem a obrigação de oferecer.
Mais do que sair culpando os produtos publicitários, o debate da mesa trouxe a tona novos olhares para reconhecermos o papel da comunicação, sendo contribuidora do processo da educação para contribuir acima de tudo de sua responsabilidade social.

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