quinta-feira, 15 de setembro de 2011

A democracia como sinônimo de Jornalismo Livre


Emilson Junior

Um dos temas mais discutidos atualmente pelos veículos de comunicação, entre jornalistas e pela sociedade, é a importância da liberdade de imprensa na consolidação e no fortalecimento de uma nação democrática. Esse assunto tem ganhado notoriedade, devido os constantes ataques ao jornalismo, que de forma isenta e cumprindo seu papel de porta voz social, tem incomodado setores políticos pela exposição de fatos controversos e no mínimo suspeitos.

É notório que para alguns gestores públicos ou partidos políticos, a “imprensa ideal” é aquela que apenas apresenta à população, obras e projetos de governo ou a que constrói políticos capazes e corretos. É fato que existem inúmeros órgãos ou sistemas jornalísticos ligados a ideologias partidárias e que através de manutenção financeira, carregam consigo marcas políticas.

Durante a ditadura militar, viram-se por todo o Brasil, ataques a jornalistas que queriam mostrar à sociedade o lado obscuro do regime vigente, que punia severamente os subversivos e controlavam organismos de opinião. Essa época foi vencida, graças à grande mobilização social que teve na imprensa, uma das maiores incentivadores e propagadoras da redemocratização.

O terceiro Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH III), lançado ainda no governo Lula, não converge com as conquistas alcançadas pelo jornalismo livre. Sem dúvida, tal proposta pode representar a volta da censura, a repressão ou cessação de opiniões, estatização de empresas de comunicação e outros tipos de medidas que ferem, frise-se, a própria Constituição Federal, a Carta Magna que rege todo o povo brasileiro e que exprime os direitos e deveres comuns a todos, e que apresenta de forma clara a livre manifestação de pensamento ou de informação sem qualquer restrição (Art.220).

No entanto, o Brasil não seguirá o exemplo de governos latino-americanos que reprimiram e até fecharam órgãos de comunicação por apenas fiscalizar as práticas governamentais, como é o caso da Argentina e da Venezuela, essa última, vive um regime pré-ditatorial sob o comando de Hugo Chávez. Felizmente, a sociedade brasileira sabe que a mobilização conjunta é o melhor tipo de reação perante qualquer tipo de ataque ao estado democrático de direito, pois não se define liberdade com a imprensa amordaçada.  


Vem aí a I Semana Democratização da Comunicação- DEMOCOM
UEPB e UFCG


Nenhum comentário:

Postar um comentário